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Segurado deve ter atenção em casos de enchentes para não perder a indenização

veículos - 05/02/2020

Uma matéria do G1 publicada no dia 01/02 explicou sobre os direitos do segurado em casos que seu carro foi danificado por enchentes. Para exemplificar a situação, o portal contou a história do consultor empresarial Everton Vieira de Lima que, após estacionar carro em uma rua do Mogilar, em Mogi das Cruzes, teve o veículo inundado.

De acordo com o G1, o consultor foi surpreendido por uma chuva, que atingiu vários bairros da cidade, mas não esperava encontrar seu carro em tal situação. ” Quando consegui sair pela calçada e ir até a esquina, eu vi que o carro estava alagado. Mesmo assim, não consegui chegar perto dele. Tive que esperar mais um pouco, abaixar um pouco a água da rua, para que eu pudesse pular dentro do meu carro”, relata.

“Não tinha noção de que alagava, até porque tinha vários carros na rua. Foi até complicado eu achar uma vaga aqui, porque eu tive que dar duas voltas. Achei a vaga e estacionei tranquilamente. Não sabia que teria esse risco”, contou.

Em alguns pontos de Mongi das Cruzes há placas que informam sobre a possibilidade de alagamentos. Uma delas fica na Rua Rosário Éboli, na região central. O local ainda conta com uma sirene que alerta a população em casos de enchentes.

O advogado Walter Vechiado Júnior explicou ao G1 as consequências de se estacionar em um local onde há o aviso de risco de enchente. “O motorista que tem um seguro de veículo precisa ter a noção que se ele agravar o risco, dificilmente ele vai conseguir a indenização. O que é esse ‘agravar o risco’? É ele, diante de um alagamento, querer enfrentar esse alagamento. Nesses casos, dificilmente ele vai ter a indenização pelo prejuízo que teve. Agora, não agravou o risco, não causou o risco, ele vai ser indenizado”.

Walter também explicou que, em alguns casos, o poder público pode ser responsabilizado. “O poder público só vai ter responsabilidade quando o fato for previsível, e for evitável, e o poder público não tenha feito nada para evitar aquele risco. Se isso ficar demonstrado, o poder público é responsável”, conclui o advogado.

Fonte: CQCS, com informações da G1