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Ativos da previdência aberta vão quadruplicar até 2018

pesquisa - 09/09/2011

Os ativos acumulados pelas empresas de previdência complementar aberta, atualmente avaliados em R$ 241,4 bilhões, deverão quadruplicar até 2018, atingindo o patamar de R$ 1 trilhão. A projeção foi feita em estudo realizado pela Brasilprev, que levou em conta a sua base de clientes, formada por mais de um milhão de pessoas.

O estudo indica que deverá ser mantida nos próximos anos, a tendência de forte crescimento desse setor. “O investidor está cada vez mais consciente de que a previdência privada é um dos melhores instrumentos de poupança visando a arrecadar recursos para viabilizar projetos de vida no longo prazo”, afirma o gerente de Inteligência de Mercado da companhia e responsável pelo estudo, Sandro Bonfim.

De acordo com o estudo, a Região Sudeste continua sendo a que gera o maior volume de receita para a previdência privada aberta, com 68,8% de todo o montante que é captado no País. A participação do mercado paulista chega a 48,6% da receita nacional.
Sandro Bonfim revela que o Sudeste também é o que tem o maior tíquete médio do Brasil, com R$ 265,00.

Além disso, a Brasilprev apurou que está havendo um crescimento da previdência privada em todo o Brasil. Apesar de a região Sudeste ser ainda a responsável pela maior parte dos recursos investidos em previdência aberta, o estudo mostrou que todas as regiões estão ganhando com a evolução da economia brasileira. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste cresceram acima do Sudeste e Sul em arrecadação, o que há alguns anos pareceria impossível.

Destaque para o Nordeste, cujo crescimento em arrecadação foi o maior entre todas as regiões, com incremento de 28,5%. “O momento atual da economia brasileira colaborou para um processo importante de distribuição de renda, fenômeno que, aliás, está acontecendo em todo o Brasil, mas, sobretudo, entre as pessoas da classe C, o que refletiu no incremento da indústria da previdência privada no Nordeste, assim como nos demais estratos sociais. Acreditamos que esse ritmo se manterá”, avalia o executivo.

Outro ponto relevante apurado foi que tanto na Região Norte quanto no Nordeste há uma participação importante dos planos de previdência privada voltado para menores de idade. Sandro Bonfim diz que ficou claro que o chefe da família está abdicando de outras despesas ou investimentos para investir na educação dos filhos. Na visão dele, esse é o motivo para a alta representatividade dos produtos voltados aos menores nas regiões, que é de 49% no Norte e 45%, no Nordeste.

SEMESTRE. Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), o mercado de previdência complementar aberta fechou o primeiro semestre em forte expansão.

O volume de depósitos acumulado até junho somou R$ 24,9 bilhões, valor 25,6% superior ao apurado nos seis primeiros meses do ano passado.
A carteira de investimento alcançou o patamar de R$ 243,5 bilhões no final de junho, volume 23% maior que o registrado no mesmo período de 2010.
Chamou a atenção o desempenho do mercado em junho, quando a valor arrecadado - cerca de R$ 4,5 bilhões - foi 56,5% maior que o verificado em igual mês no ano passado.

Segundo o presidente da Fenaprevi, Marco Antonio Rossi, a preocupação com a renda futura está se fixando na agenda dos brasileiros. “A expansão dos volumes de arrecadação mostra que a cultura de poupança de longo prazo já é uma realidade para os indivíduos, que estão aproveitando o aumento da renda para compor reservas”, afirma o executivo, que também é presidente da Bradesco Seguros.

Fonte: seguros.inf.br