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Seguradoras têm parcela de culpa pela proliferação da proteção veicular
mercado - 19/08/2011
Superintendente-geral da Central de Serviços e Proteção da CNSeg, Julio Avellar argumenta que o cenário do seguro nacional mudou, mas não necessariamente para melhor. “Antes, o mercado tinha dificuldade para falar com o público que precisava de seguro. Agora, a sociedade precisa do seguro, mas o mercado não está atendendo. Isso é um brutal paradoxo”, lamentou o executivo, ao falar sobre a proliferação da proteção veicular à venda em associações e cooperativas no 8º Fórum de Debates do Sincor mineiro, realizado no final da semana passada na cidade de Caeté.
Julio Avellar destacou que há, por vezes, excessiva preocupação das resseguradoras e seguradoras com as tarifas, as subscrições e os investimentos em gerenciamento de risco para saber a franquia adequada, o que faz com que o mercado não aceite o risco, pois não sabe como precificar. “O mercado emburreceu, esqueceu o que é seguro”, criticou.
Na avaliação do executivo, foi no vácuo criado pelas próprias seguradoras que surgiram “associações e cooperativas do bem”, as quais representam segmentos como padarias e pequenas joalherias. “Tais associações não fazem publicidade enganosa, estão apenas trabalhando naquilo que o mercado de seguros negou”, sustentou, acrescentando que elas não podem ser comparadas com as cooperativas que comercializam a chamada proteção veicular. “Estas são cooperativas do mal, nas quais o empresário se traveste de entidade sem fins lucrativos, sendo na realidade um seguro falso, que devemos sim combater”, defendeu Julio Avellar.
Fonte: seguros.inf.br

