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BB acessa 12,5 mil corretores em parceria com Mapfre

- 06/07/2011

Diante dos desafios da internacionalização do mercado de seguros no país, de encontrar novas soluções de apólices e de conquistar os corretores, o Banco do Brasil encontrou como saída a parceria com a Mapfre, resultando na criação do segundo maior grupo segurador brasileiro. Com um total de R$ 8,6 bilhões em prêmios em 2010, fica atrás apenas do Bradesco, com R$ 13 bilhões. Se desconsiderado o seguro Saúde, o novo grupo passa a liderar o mercado.

Para a associação, que tem prazo de 20 anos, foram criadas duas holdings - a primeira com foco nos segmentos de pessoas, imobiliário e agrícola e a segunda, de ramos elementares, incluindo veículos, industriais, seguros gerais e canais alternativos (varejistas que distribuem seguros). As 14 seguradoras que faziam parte dos grupos foram reduzidas a seis e realocadas para cada holding conforme o ramo de atuação, com o intuito de haver liberação de capital para investimento em outros negócios.

As marcas Mapfre e BB continuarão a ser usadas, dependendo do canal de distribuição. O negócio não envolve Saúde, Capitalização e previdência. De acordo com o presidente da holding Auto, seguros Gerais e Affinities, Marcos Eduardo Ferreira, o novo grupo ocupará o primeiro lugar em vida, com 18% do mercado, e em seguro rural, com 60%, com base nos dados da Susep referentes ao período de janeiro a maio. Além disso, o grupo ficará em segundo lugar em seguros gerais, com 12% de participação de mercado, e em automóveis, com 15%. “A fábrica de produtos de seguros será única. O que está se pensando, com a associação, é em preço, cobertura e nos múltiplos canais”, diz.

É exatamente isso que atrai a BB Seguros ao negócio. A seguradora está atrás de um parceiro desde 2008 e chegou a avaliar SulAmérica e Principal. A Mapfre saiu na frente porque já era sócia do BB em outros negócios e, entre outros motivos, oferece 12,5 mil corretores ao BB, canal de distribuição ao qual a seguradora não tinha acesso antes.

O presidente da holding Vida e Rural, Roberto Barroso, assume que a marca BB não é bem-vinda entre corretores porque muitos deles acreditam que perderam clientes para o BB. “Agora o corretor pode vender seguro do banco e garantir o mesmo preço encontrado na agência. Não havia possibilidade de crescermos sem o canal corretor”, explica. A partir de 2012, outro canal de vendas pode ser o Banco Postal. O Banco do Brasil venceu licitação dos Correios e terá o direito de operar a rede a partir de janeiro.

Outro motivo do BB para a aliança é a internacionalização do mercado de seguros brasileiro, que deve atrair concorrentes estrangeiros. A parceria traz oportunidade de oferecer produtos novos, principalmente na área de seguro rural, tida como desafiadora. “O mercado só consegue cobrir metade da área plantada”, diz o executivo.


Fonte: Brasil Econômico